domingo, 9 de fevereiro de 2014

A HISTÓRIA DE DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS



A domesticação do gato não ocorreu de uma forma tão rápida como a do cão, ainda que não haja certezas. Pensa-se que a domesticação do gato terá ocorrido há cerca de 5000 anos, enquanto que a domesticação do cão ocorreu, aproximadamente, há 12 000 ou 20000 anos. No antigo alto Egipto (atual Sudão), a população passou de uma vida nômada para uma agricultura que, pelas características do Nilo, predispunha de estações de boas colheitas e anos de seca. Consequentemente era necessário um armazenamento ativo dos cereais, para posterior distribuição nas estações piores. Esta acumulação de alimento causava a multiplicação dos roedores que, obviamente, causavam muitos prejuízos. Com este acréscimo de roedores o gato selvagem (predador natural de ratos e outros roedores) foi-se aproximando dos humanos para obter alimento mais facilmente. Por sua vez os humanos, vendo as vantagens desta aproximação, começaram a relacionar-se com os gatos até criarem uma relação estável. Estes gatos selvagens deram origem ao gato Egípcio e ao Abissínio. Também existem fortes evidencias de que o gato foi domesticado em diferentes locais e em diferentes épocas. Os gatos modernos resultam da mistura destas diferentes origens.


Psicologia Canina

Desde a pré-história que os humanos treinam o cão para desempenhar várias tarefas em troca de comida e abrigo. As tarefas eram bastante naturais e instintivas, incluindo a caça e a guarda. A relação entre o humano e o cão era muito simples. Então, a humanidade iniciou o seu progresso, desde a saída das grutas à civilização, durante o qual o cão esteve sempre presente, adaptando-se e desempenhando novas tarefas, enquanto a relação entre ambos se ia complicando mais. Atualmente vivemos num ambiente diferente, no qual a relação entre humano e cão está sob um grande stress. Hoje exigimos um cão com boas maneiras, uma mente estável e um comportamento obediente, em vez das simples tarefas dos outros tempos. O aumento do número de cães e de gatos (como animais de estimação) e a sua concentração nas cidades obrigaram estes animais a viver em ambientes artificiais e a adaptarem-se ao ritmo de vida dos humanos. Por vezes, estas circunstâncias causam problemas de conduta o que torna mais difícil a convivência entre as pessoas e os seus animais, no ambiente que os rodeia. As condutas instintivas dos cães não mudaram quase nada com o passar do tempo, pois os cães domésticos e os cães selvagens ainda partilham muitas condutas instintivas e os mesmos padrões de comportamento de grupo. Mesmo com a criação seletiva feita pelo Homem ao longo dos anos, nada foi adicionado ao “desenho natural” do cão, apenas se destacaram algumas qualidades melhores e se diminuíram outras menos boas, mas são características que sempre estiveram presentes. Um treino e desenvolvimento de sucesso começa quando conhecemos e compreendemos o nosso companheiro canino, assim como a nossa capacidade de usar psicologia canina. Um terapeuta comportamental pode ter um papel muito importante, pois ajuda o dono a conhecer o seu animal, em termos de fisiologia comportamental e anatômica, aprendizagem e desenvolvimento. De igual modo será importante na identificação e correção dos transtornos de comportamento, contribuindo para melhorar a qualidade de vida do animal e da pessoa. O terapeuta pode também identificar e diferenciar as condutas patológicas de inadaptação, elaborar diagnósticos e possibilidades terapêuticas. É importante não esquecer que uma boa relação entre o ser humano e o seu animal tem como base o respeito, o conhecimento, o amor e a confiança de ambas as partes, mas acentuando mais no humano. Muitas vezes os problemas têm solução, por isso não podemos desistir e procurar alguém especializado para nos ajudar.

Qualquer animal que escolha, será sempre um grande amigo


Em anos passados e principalmente na sociedade rural, os animais representavam uma utilidade totalmente ligada ao trabalho, mas atualmente, num mundo urbano cada vez menos “natural”, os animais já não são usados para esta utilidade. Devido às exigências sociais e ao fato de todos vivermos uma vida extremamente estressante, o Homem isola-se a nível emocional através de uma profunda necessidade de comunicação interpessoal. Estes fatos causam uma vontade de procurar alivio para a solidão e algo que mantenha vivo o sonho e as lembranças de uma natureza cada vez mais distante. Assim, o animal doméstico transforma-se num confidente e amigo cuja compreensão e paciência permite aliviar a ansiedade e as depressões existentes no ser humano. Deste modo podemos provar que:
Acariciarmos um animal pode ajudar a relaxar e a baixar a pressão sanguínea;
Observar um aquário faz com a pessoa se sinta mais calma (é aconselhado por muitos terapeutas em situações de stress laboral);
Os animais de companhia, especialmente os cães, ensinam as crianças a comunicarem melhor e a estabelecerem mais facilmente relacionamentos sociais;
Os animais de companhia estimulam o bom humor e o divertimento (numerosos estudos indicam que o bom humor é a melhor ferramenta para combater o stress e aliviar a tensão);
Nas pessoas idosas, a companhia dos animais permite reduzir, de forma deslumbrante, o número de visitas ao médico e os riscos de suicídio.

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